Wednesday, December 14, 2005

Pensamento Frântico

Há pessoas que se cruzam connosco de nariz em riste, ar altivo, munidas de um sorriso estupidamente hipócrita. Há pessoas que transportam uma aura na sua pseudo-imaginação. Há quem lhes chame parolos, quem lhes chame néscios, quem lhes chame ignóbeis, quem lhes atribute (Reparem no frequentativo! Não é inocente!) uma série de adjectivos que não são necessariamente qualidades. (Que pleonasmo!)
Para mim, são epimeteus! Não servem para nada! Não admira que tenham uma Pandora sempre por perto! (Sem que o "Epimeteu" seja obrigatoriamente masculino e a "Pandora" feminina...) Mas o que ainda não percebo é o seguinte: por que existem estes fantoches sociais? Tornam-me frântico (a palavra não existe, é um estrangeirismo meu!). Isto revooooollllllttttaaaaa-----mmmmmeeeeee!!!!!!!!! Quem entender, que entenda como quiser, quem não entender, é só uma forma de exprimir o meu repúdio...
Aos outros seres, incluindo os cães, obrigado por existirem!

Porto Moniz, 14-12-2005

10 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Achei o teu texto muito diferente dos que costumas redegir e podes crer que vou ser daquelas que não compreendi muito bem a tua menssagem. O que será que aconteceu no Porto Moniz para pensares dessa forma.

12:46 AM  
Anonymous Anonymous said...

Não sei, talvez um dia mudes de ideias. Poético tu hein, tive que consultar uma enciclopédia! É sempre bem beber na pia baptismal. Bem, espero que o teu universo se componha, Um abraço.
Ps: Lembre-se também em não deitar o lixo para o chão e com as beatas para o canteiro do jardim. Um abraço. As melhoras.

Pepe Jr.

3:17 PM  
Anonymous Anonymous said...

ola meu Amigo, é bem verdade o que escreves, é caso para dizer "quanto mais conheço a Humaninade, mais gosto dos Animais", engraçado como tambem eu me tenho debatido interiormente com este tema...
O que fazer com estas pessoas ? estes Epimeteus e Pandoras ? uns procurarão ser 1 pc mais Prometeus outros ophelias... vive e deixa viver... cada 1 como quiser ser.

Faze o que quiseres e sera Lei, não há outra Lei que não Amor sob Vontade...

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11:48 AM  
Anonymous Anonymous said...

Ora meus senhores, torna-se necessário o meu parecer sobre o texto original (Pensamento Frântico), bem como sobre os dois comentários iniciais (dos anónimos)ao respectivo texto.
Relativamente aos dois comentários conotam uma certa ingenuidade, uma mundividência ainda pouco atenta e disperta. (Não me interpretem mal, também não passa de uma hermenutica pessoal minha, tão legitima como qualquer outra). Voltando ao que dizia, sim até uma cosmogonia pouco queimada, logo pouco destruída e inversamente pouco purificada; é que estamos a tratar de arte de piroptecnia ou se quisermos de fogo! é como a faca de dois gumes. Foda-se. Ora, não é necessário que aconteça em Porto moniz algo, ou que se esteja muito mal (para se desejar as melhoras), basta simplesmente um ser ter adquirido provas das sua existência e da sua condição humana e mundana para que se opine como o sujeito textual e até empírico do autor do texto original. Com certeza que o autor do texto já se iniciou na artes do fogo, para percepcionar a desagradável existência dos fantoches ou se quizermos zumbies.
No entanto, o iniciado compreenderá perfeitamente a razão de tais existências com certeza que será mais uma exteorização dessa ideia, por desbafo, caso vá um gajo rebentar por ser lúcido.
Portanto senhores comentadores anónimos, não cairemos na falácia de ser um dos que são apontados no texto. È que escrever "o que será que aconteceu no Porto Monizp ara pensares dessa forma" ou "As melhoras", já pressupõe uma certa altivez, "um nariz em riste, ar altivo", como se cita no texto. Essa linguagem traduz uma segurança estática e rigida na maneira de cosmo-mundi-visionar, ou não? Claro, "vê se melhoras porque o que escreves são coisas pessimista", poderiam muito bem dizer os nossos comentadores. Merda, pá. São as artes dos clarões fogosos que substanciam o homem a ponto de ter a lucidez, frieza e sinceridade para afirmar e reafirmar o que autor ou sujeito do texto diz.
E quanto ao poético, comentador, não tem a ver com enciclopédia, tem sim a ver, mais uma vez com a arte manejar fogos e encantar serpentes fatais...

11:14 AM  
Anonymous Anonymous said...

Não te sabia tão poeta. Este, como todos os outros textos, está excelentes. Consegues exprimir o que sentes de uma forma incrível.

E.P.

4:23 AM  
Blogger Eduardo said...

Caro crime around,
muito me apraz ver os meus textos serem analisados profundamente por alguém com uma capacidade gnóstica como a sua. Fiquei deveras lisonjeado com tamanha interpretação. Obrigado. Por outro lado, agradecia que não incluísse os outros comentadores nos seus comentários, uma vez que todos são benvindos e pertinentes.
Eduardo

9:16 AM  
Anonymous Anonymous said...

Hello,santa!
Finalmente tiro algum do meu não precioso tempo para 1 comentário à tua odisseia madeirense. Compreendo que, de facto, o isolamento aguça a mordacidade, provoca acuidade nas impressões. Também o vivi, no ano por aí passado. Na altura, dediquei-me à leitura e a algumas feminas, não havia a moda dos blogs.Noto na tua escrita um não desprendimento do classicismo que nos impregna, dos eruditismos que são o nosso mel, do sarcasmo de quem observa, julga mas não moraliza.Ficas frenético, ainda bem.Estes epitemeteus que se casam com o mal são autênticas obras de arte, dignas de serem observadas, e só atingem pleno sentido quando pandorizados. São pura inocência, imcompreensível ao pensamento analítico, mas são um elo antitético deta teia com sentido oculto. Lembra-te de que na caixa de Pandora,mesmo no fim de tudo, havia uma coisa boa: a esperança. Um abraço amigo.
Tó Zé

5:41 AM  
Blogger Shore said...

Grande amigo

Perdoa-me a intromissão:

Deixo aqui um excerto de um texto meu, mas que representa a opinião sobre aquilo que escreveste:

"Alguém disse "quanto mais conheço os homens mais gosto dos cães"... pois bem quanto mais conheço os homens mais vontade tenho de estar sozinho, é com tristeza que vejo que os jogadores de qualidade do jogo que é a minha vida, são cada vez menores... talvez assim tenha sido sempre, só que eu agora vejo-o.
Esse repúdio que sinto pela mente humana é tal que não consigo entender como sou um deles...
Pois bem quanto mais essa repulsa cresce, mais eu me vejo impelido na tua direcção, de volta para os teus braços.
Hoje diagnostico que a minha raça tem severos problemas psicológicos:
Egocentrismo, estupidez, apatia, mas o pior de todos e o que me perturba real emente é a Hipocrisia.
A sinceridade não consta no livro de boas maneiras... é este o mundo que me espera lá fora."

Um grande abraço

Shore

4:38 PM  
Blogger Joana said...

Este texto e' uma perola!!!

6:15 AM  
Blogger Joana said...

Ah, esqueci-me de uma coisa na mensagem anterior. Porque a desconstrucao tambem pode ser construtiva (e eu estou sempre a desconstruir o que tu constrois ;) aqui vai - FOOD FOR THOUGHT: a palavra "cinico" deriva do grego "kunikos" que significa "cao". Porque? Porque tal como os caes, os cinicos antes de morderem, sorriem (?), mostram os dentes! (Ok, eu nao gosto muito de caes, ja deu pa ver?!)

6:19 AM  

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