Wednesday, December 14, 2005

Pensamento Frântico

Há pessoas que se cruzam connosco de nariz em riste, ar altivo, munidas de um sorriso estupidamente hipócrita. Há pessoas que transportam uma aura na sua pseudo-imaginação. Há quem lhes chame parolos, quem lhes chame néscios, quem lhes chame ignóbeis, quem lhes atribute (Reparem no frequentativo! Não é inocente!) uma série de adjectivos que não são necessariamente qualidades. (Que pleonasmo!)
Para mim, são epimeteus! Não servem para nada! Não admira que tenham uma Pandora sempre por perto! (Sem que o "Epimeteu" seja obrigatoriamente masculino e a "Pandora" feminina...) Mas o que ainda não percebo é o seguinte: por que existem estes fantoches sociais? Tornam-me frântico (a palavra não existe, é um estrangeirismo meu!). Isto revooooollllllttttaaaaa-----mmmmmeeeeee!!!!!!!!! Quem entender, que entenda como quiser, quem não entender, é só uma forma de exprimir o meu repúdio...
Aos outros seres, incluindo os cães, obrigado por existirem!

Porto Moniz, 14-12-2005

Sunday, December 04, 2005

Da Beleza

Beleza. O que é? Talvez seja melhor questionarmo-nos quando é? Por exemplo, chegamos a um local totalmente novo, vemos pessoas totalmente novas, o nosso cérebro processa informação totalmente nova... Vemos uma paisagem e pensamos "estonteante", vemos uma mulher e cogitamos "escultural". No dia seguinte, verificamos se a novidade ainda é bela e concluímos que sim. Dia seguinte e dias seguintes, vamos paulatinamente perdendo a sintonização em relação ao que tínhamos elevado ao grau máximo de beleza. Acabamos por ignorá-la, por não a ver. Quer dizer: Deixamos de reparar, passamos a ver e acabamos por olhar, por notar levemente. Deixamos de ver, de valorizar... Pode ser nossa a maior beleza do mundo, seja ela qual for, assim que deixamos de a ver, deixamos de a possuir. Procuramos incessantemente a beleza, seja ela qual for. Mas ultrapassamos sempre uma para atingirmos outra! E evoluimos. Estranha a condição insaciável do ser humano. A de primeiro ver a rosa, depois os espinhos e depois, ainda, acrescentar mais alguns espinhos onde eles não estão!
Por isso, nada é sempre belo. A beleza é efémera! Tudo é belo às vezes...

S. Vicente, 04-12-2005