Friday, March 10, 2006

Do Amor

Amor... O que é? Amar... o que é? Será possível amar duas vezes? E quem já amou duas? Será possível amar novamente? O amor acontece inúmeras vezes. É como uma semente que se deita na terra à espera que germine, que cresça. Mas nem sempre o terreno é fértil ou nem sempre acertamos na época adequada. O amor acontece constante e continuamente. O grande obstáculo é a sincronização. É que há quase sempre uma terrível dessincronização (ou assincronização) relativamente ao acontecer do amor entre duas pessoas.
Ama-se uma pessoa, com todas as letras, com toda a dedicação... sofre-se com todas as letras (maiúsculas) também! Porquê? Uma ama, outra deixa-se levar... Ou ama-se porque de tal se necessita, impulso totalmente desmesurado, envolto num egoísmo subtil, para não dizer hipócrita!
Ama-se e não se é correspondido para depois não corresponder ao amor que alguém sente por nós! Ou não se conhece o amor... Ou não se pretende o amor quando nos é oferecido...
Enfim, mas amar... é difícil! Difícil, porque amar é saber deixar alguém amar... é compreender que quando alguém nos magoa é por bem... complementar o inconjugável e não nos apercebermos disso... Sucintamente, amar é descobrir, é uma aventura, é dançar na corda-bamba ou em areias movediças!
Concluindo, o amor é apenas uma história... Uma história que necessita de ser escrita por duas pessoas destemidas o suficiente. Duas pessoas dispostas a arriscar na incerteza de um halo! Um halo branco, purificativo... Pois, como diz alguém que costumo ouvir: amar é bom quando há em algum de nós alguma solidão... ou o amor é uma doença quando nele julgamos ver a nossa cor... (nota bene: a mistura de todas as cores resulta em branco!). Tirem as vossas ilações...
S. Vicente, 10-02-2006